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Rabobank Agroinfo Junho 2025
07 - 01 - 2018
Vemos o dólar a R$ 5,90 no fim de 2025. Política comercial americana e diferencial de juros apreciam o real no curto prazo. Mas, riscos geopolíticos e fiscal podem fazer real voltar a se depreciar.
As chuvas de abril favoreceram o desenvolvimento do milho safrinha e do algodão, enquanto o clima mais seco em maio contribuiu para o avanço da colheita do café e da cana-de-açúcar.
O aumento nos custos dos fertilizantes deve impulsionar a alta nos custos de produção da próxima safra de soja. A disponibilidade de fósforo para essa safra ainda é incerta, como consequência dos atrasos na importação.
Poucas mudanças nos fundamentos do açúcar, mas os fundos estão bastante vendidos — a queda nos preços em Nova York e o dólar mais fraco criaram a tormenta perfeita no segundo trimestre de 2025.
Apesar do início do inverno no Brasil, da queda nas exportações brasileiras e das tensões geopolíticas, os preços de café seguem pressionados devido ao alívio na oferta, especialmente com o avanço da colheita brasileira.
No cenário internacional, projeta-se, pela quarta temporada consecutiva, uma recomposição dos estoques globais ao final da safra 2025/26. Esse movimento é impulsionado, sobretudo, pela expansão da produção brasileira da oleaginosa.
Segundo o Cepea, o Indicador do Milho Esalq caiu 23% desde março de 2025. Além da mudança nos fundamentos locais, a valorização cambial também contribuiu para o recuo dos preços do milho nos últimos três meses.
Em junho de 2025, os preços domésticos subiram 13% em relação ao ano anterior, enquanto os preços em Nova York (ICE) recuaram 9%. A firme demanda externa e os prêmios positivos foram determinantes para esse descolamento entre os mercados.
Os embarques de carne bovina seguem em ritmo recorde, enquanto a oferta desacelera. Os preços do boi gordo devem atingir o menor patamar do ano no 2º trimestre, com expectativa de recuperação a partir do 3º trimestre de 2025.
A recuperação da oferta global, com alta de 36% na produção em São Paulo, deve manter sob pressão os preços do suco e da fruta no início da safra 2025/26.
O dinamismo da oferta doméstica e as importações competitivas devem levar a preços levemente menores no terceiro trimestre.
Apesar da demanda firme na China e em outras regiões, os estoques globais estão aumentando como consequência do crescimento da oferta. Os preços devem continuar sob pressão no terceiro trimestre.